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"É preciso que as igrejas pentecostais [...] acrescentem ao nosso ardente testemunho de experiência [...] esforço intelectual mais determinado a fim de expor com precisão a nossa fé. Não devemos nos deleitar com emoções profundas à custa de reflexões superficiais".

Donald Gee, teólogo pentecostal em 1935

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Campinas, São Paulo, Brazil
Professor de Escola Dominical, Diácono na Obra Do Senhor,casado com a serva de Deus mais linda do mundo Danielli,formado no Seminário Teológico Da Escola Teológica da Assembléia de Deus em Campinas (Esteadec), estudante da Palavra de Deus, e Pregador da mesma pela misericórdia Dele.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Grupos Judaicos do Novo Testamento

1. ESCRIBAS

Eram uma classe de peritos profissionais na interpretação e aplicação da Lei e outras Escrituras do Velho Testamento.

A partir do exílio desenvolveu-se uma nova linhagem de escribas que não era composta apenas de copistas, registradores, transcritores, secretários, mas um novo grupo ou corpo de homens que se tornaram guardiões, expositores, os doutores da Lei e de outras Escrituras, para toda a nação, e cujo poder como classe aumentou com a passagem do tempo. Eles não eram apenas escribas no sentido antigo, mas os "escribas" como uma ordem especialmente distinta da nação. Podemos dizer que a nova ordem de escribas originou-se com o grande Esdras. Em Neemias 8.1-8, vemos Esdras em um púlpito elevado, lendo, expondo e aplicando a Lei e, juntamente com auxiliares levitas, dando explicações. A partir dessa época desenvolveu-se gradualmente uma classe de especialistas que dedicou-se às Escrituras hebraicas e procurou aplicá-las como norma para tudo.
Depois de cessada a inspiração profética e em meio as influências estranhas que desde essa época até o início da era cristã, estavam sempre ameaçando a existência de tudo o que era mais característico do povo escolhido, a Lei precisava ser preservada com o maior zelo possível. Ela tinha de ser ao mesmo tempo estudada e seus preceitos aplicados às circunstâncias em contínua mutação da vida e condição do povo. Esta aplicação da Lei, porém não era feita esclarecendo o seu espírito, mas através de prescrições positivas que apenas professavam explicá-la e, fazendo isto de maneira concisa, sentenciosa e autoritária, nada deixando ao julgamento dos ouvintes, não deixavam de investir as regras assim dadas com uma autoridade quase comparável à dos próprios escritos inspirados. Assim sendo foi praticamente impossível evitar o que veio a constituir os dois princípios fundamentais dos escribas: primeiro a multiplicação das tradições orais; e, segundo, a introdução de um sistema de interpretação e exposição das Escrituras que destruiu completamente o seu significado e, sob a pretensão de honrá-las, na realidade usurpou o seu lugar.
As decisões sobre novos assuntos foram acumuladas em um complexo sistema de casuísmo. A relação correta entre a lei moral e cerimonial não só foi esquecida, mas absolutamente invertida. O estudo das escrituras em si tornou-se uma obsessão para com as minúcias, uma concentração em significados supostamente ocultos até em sílabas e letras, uma absorção na simples "letra" da Palavra, até que a idolatria da letra destruísse a própria reverência em que tivera origem e a verdadeira instrução espiritual acabou por extinguir-se praticamente.

2. FARISEUS

Os fariseus eram uma subdivisão dos líderes e do povo judeu para quem a lealdade à Lei e a religião de Jeová, assim como a dedicação aos primeiros ideais do judaísmo representava tudo.
Nos dias de João Hircano é que vemos a primeira aparição em cena dos fariseus, já com esse nome, como movimento histórico.
Os fariseus eram os sucessores espirituais dos Hasidim, isto é , "Os Piedosos", que trinta ou quarenta anos antes, se haviam agrupado em uma liga secreta a fim de preservar a fé judaica quando o enlouquecido Antíoco Epifânio procurava extermina-la mediante terríveis atrocidades.
O nome fariseu significa "Separatistas", assim chamados por causa de sua exclusividade piedosa, mas orgulhosa e por vezes mesquinha. A separação era o aspecto predominante é a principal virtude no conceito fariseu de religião. Aliado a este achava-se a obediência fanática à letra da Lei. Desprezavam o povo comum pois eles não tinham a menor possibilidade, e sabiam disso, de vir a cumprir um dia os requisitos complexos do código dos escribas. A princípio se esforçavam solenemente para desempenharem todos os deveres prescritos pelos escribas; a seguir, fracassando nisto, satisfaziam-se na simples obediência exterior; na correção externa apenas ocultando-se atrás de uma máscara de piedade enquanto pecavam; até que, finalmente, habituando-se a essa atitude, toleravam o pecado e o praticavam, tornando-se assim os piores tipos de hipócritas.

3. SADUCEUS

Os saduceus a primeira vista não parece Ter sido uma seita religiosa ou partido político, mas um grupo social. Eram um grupo bem menor que a dos fariseus e pertenciam na maior parte às classes ricas e poderosas famílias dos sacerdotes que formavam aristocracia judaica. Os lideres eram os anciãos com cadeiras no conselho, os oficiais, os estadistas e oficiais que participavam da administração dos negócios públicos. Jamais tiveram influência sobre a massa do povo. Sua única ambição eram tornarem-se indispensáveis ao príncipe reinante a fim de condizerem o governo de acordo com suas opiniões.
Parece certo que o título "saduceus" vem de "zadoquitas", mas se "zadoquitas" é derivado dos "filhos de Zadoque", que retiveram o sumo sacerdócio a partir de Zadoque no reinado de Davi (2 Sm 8.17), até a época dos macabeus, ou de um certo Zadoque que viveu em 250 a C. , ou ainda uma palavra hebraica chamada “justa”, não tem sido fácil determinar. É mais provável que derive da casa sacerdotal de Zadoque, pois numa época posterior em meio ao período do exílio, Ezequiel cita os filhos de Zadoque como representando todo o sacerdócio (Ez 40.46; 43.19;44.15;48.11).
No conceito dos saduceus a lei de Deus não se aplicava a política; Eles consideravam como puro e perigoso fanatismo aguardar a libertação Divina simplesmente através da santificação do povo. Eles rejeitavam por completo a Lei Oral acumulada pelos escribas e professavam guardar apenas a Lei Escrita, essa atitude devia-se a pensamentos céticos e não espirituais. Negavam a ressurreição do corpo e não acreditavam nos anjos e nos espíritos. Eram também indiferentes as esperanças messiânicas.

4. ESSÊNIOS

Os essênios se satisfaziam em viver no espírito da Lei e para isto se retiraram da sociedade humana comum, vivendo isolados no campo, onde praticavam um estilo monástico de vida e um tipo místico de judaísmo.
Eles se desligaram dos sacrifícios do templo por possuírem supostamente, purificações próprias que destacavam o significado espiritual. Não podiam misturar-se à multidão vulgar dos freqüentadores do templo, que segundo eles, profanava os seus princípios. Estava mais de acordo com o espírito das prescrições mosaicas isolar-se e render sacrifício no santuário mais santo de sua habitação.
Viviam sós em casas de sua propriedade; Comiam a refeição preparada pelos sacerdotes como se fosse um sacrifício a Deus; Os mais estrito renunciavam o casamento; Guardavam o Sábado rigorosamente; Deviam falar apenas a verdade e não prejudicar ninguém. Os membros só eram aceitos depois de uma experiência, sendo obrigados a cumprir as regras e guardar os segredos da ordem.

5. HERODIANOS

O grupo como tal não era de forma alguma um culto ou união religiosas. Era político; e o objetivo principal de seus adeptos era promover a causa do governo de Herodes.
Depois de torturante insegurança, rivalidades sangrentas e expedientes quase suicidas que haviam afligido os governantes judeus desde o período macabeu, o que poderia ser mais prudente do que apoiar o trono herodiano, que gozava do favor de Roma. Muitos viam nos Herodes a única esperança judaica de continuação nacional; a única alternativa para fugir ao domínio pagão direto.

6. ZELOTES
Eles representavam de maneira drástica o partido nacionalista judeu, praticamente provocaram o choque furioso com Roma que resultou na completa ruína e saque de Jerusalém pelo General Tito em 70 A.D.
O seu início reporta-nos ao ano 63 a C. , quando o período de independência sob os Macabeus terminou e a Judéia passou para o domínio romano. Os setenta anos de governo independente, acrescidos da influência farisaica, atuara sobre o espírito da nação tornando-se talvez a comunidade mais provocante que os romanos tinham de administrar.
A intervenção Divina só seria enviada a um povo preparado para lutar pela libertação de Israel ao domínio estrangeiro.
Vinte e seis anos depois Herodes, um estrangeiro, mediante a sangrentos e selvagens conseguira apossar-se do trono da Judéia, apoiado por Roma. Foi sua ascensão, ao que parece, que inflamou os reacionários zelotes a formar um movimento ou partido organizado.
A mais violentas atividades do movimento parecem Ter ocorrido a princípio na região da Galiléia . No ano 6 A.D., quando Quirino, o legado romano da Síria, ordenou o levantamento de um censo na Palestina, Judas o Galileu, juntamente com Zadoque, um fariseu, encabeçaram uma revolta contra o domínio romano. Um grande grupo o seguiu, mas foi facilmente dispersado por Quirino e judas acabou sendo assassinado.
Os filhos de Judas continuaram a causa. Dois deles, Jacó e Simão foram crucificados por Tibério Alexandre, um procurador. Um terceiro filho, que afirmou ser o Messias, foi morto por uma multidão.
Durante as últimas décadas antes da destruição de Jerusalém em 70 A.D., eles se transformaram em bandos de marginais sem lei, aterrorizando a todos. Não é improvável que Barrabás e seus homens fossem zelotes, assim como os dois ladrões crucificados com o Senhor.



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