Olá, Que a Paz de Cristo inunde Seu dia!!!


"É preciso que as igrejas pentecostais [...] acrescentem ao nosso ardente testemunho de experiência [...] esforço intelectual mais determinado a fim de expor com precisão a nossa fé. Não devemos nos deleitar com emoções profundas à custa de reflexões superficiais".

Donald Gee, teólogo pentecostal em 1935

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Campinas, São Paulo, Brazil
Professor de Escola Dominical, Diácono na Obra Do Senhor,casado com a serva de Deus mais linda do mundo Danielli,formado no Seminário Teológico Da Escola Teológica da Assembléia de Deus em Campinas (Esteadec), estudante da Palavra de Deus, e Pregador da mesma pela misericórdia Dele.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Martinho Lutero O grande reformador (1483-1546)

No cárcere, sentenciado pelo Papa a ser queimado vivo, João Huss disse: "Podem matar o ganso (na sua língua, 'huss' é ganso), mas daqui a cem anos, Deus suscitará um cisne que não poderão queimar".
Enquanto caía a neve, e o vento frio uivava como fera em redor da casa, nasceu esse "cisne", em Eisleben, Ale¬manha. No dia seguinte, o recém-nascido era batizado na Igreja de São Pedro e São Paulo. Sendo o dia de São Martinho, recebeu o nome de Martinho Lutero.
Cento e dois anos depois de João Huss expirar na fo¬gueira, o "cisne" afixou, na porta da Igreja em Wittenberg, as suas noventa e cinco teses contra as indulgências, ato que gerou a Grande Reforma. João Huss enganara-se em apenas dois anos, na sua predição.
Para dar o valor devido à obra de Martinho Lutero, é necessário notar algo das trevas e confusão dos tempos em que nasceu.Para dar o valor devido à obra de Martinho Lutero, é necessário notar algo das trevas e confusão dos tempos em que nasceu.
Calcula-se que, pelo menos, um milhão de albigenses foram mortos na França, a fim de cumprir a ordem do Pa¬pa, para que esses "hereges" fossem cruelmente extermi¬nados. Wyclif, "a Estrela da Alva da Reforma", traduzira a Bíblia para a língua inglesa. João Huss, discípulo de Wy¬clif, morrera na fogueira, na Boêmia, suplicando ao Senhor que perdoasse aos seus perseguidores. Jerônimo de Praga, companheiro de Huss e também erudito, sofrera o mesmo suplício, cantando hinos, nas chamas, até o último suspi¬ro. João Wessália, notável pregador de Erfurt, fora preso por ensinar que a salvação é pela graça; seu frágil corpo fora metido entre ferros, onde morreu quatro anos antes do nascimento de Lutero. Na Itália, quinze anos depois de Lutero nascer, Savonarola, homem dedicado a Deus e fiel pregador da Palavra, foi enforcado e seu corpo reduzido a cinzas, por ordem da Igreja Romana.
Os pais, não somente se interessavam pelo desenvolvi¬mento físico e intelectual dos filhos, mas também do espi¬ritual. O pai, quando Martinho chegou à idade de com¬preender, ensinou-o a ajoelhar-se ao lado da sua cama, à noite, e rogava a Deus que fizesse o menino lembrar-se do nome de seu Criador (Eclesiastes 12.1)..

Quando já era adulto, Lutero escreveu: "Estremecia e tornava-me pálido ao ouvir al¬guém mencionar o nome de Cristo, porque fui ensinado a considerá-lo como um juiz encolerizado. Fomos ensinados que devíamos, nós mesmos, fazer propiciação por nossos pecados; que não podemos fazer compensação suficiente por nossa culpa, que é necessário recorrer aos santos nos céus, e clamar a Maria para desviar de nós a ira de Cristo."

Domiciliado na casa da sua extremosa mãe adotiva, D. Ursula, Martinho desenvolveu-se rapidamente, recebendo uma sólida educação.
Martinho Lutero era mais sóbrio e devoto que os de¬mais rapazes da sua idade. Acerca deste fato, D. Ursula, na hora da morte, disse que Deus tinha abençoado o seu lar grandemente desde o dia em que Lutero entrara em sua casa.

Primeiro, achou na biblioteca o maravilhoso Livro dos livros, a Bíblia completa, em latim. Até aquela ocasião, supunha que as pequenas porções escolhidas pela igreja para serem lidas aos domingos, constituíssem o todo da Palavra de Deus. Depois de uma longa leitura, exclamou: "Oh! se a Providência me desse um livro como este, só para mim!" Continuando a ler as Escrituras, o seu coração começou a perceber a luz, e a sua alma a sentir ainda mais sede de Deus.

Um dos mais afamados professores de Leipzig, conhecido como a "Luz do Mun¬do", disse: "Este frade há de envergonhar todos os douto¬res; há de propalar uma doutrina nova e reformar toda a igreja, porque ele se baseia na Palavra de Cristo, Palavra à qual ninguém no mundo pode resistir, e que ninguém pode refutar, mesmo atacando-a com todas as armas da filoso¬fia.

Depois da corrupção generalizada que viu em Roma, a sua alma aderiu à Bíblia mais que nunca. Ao chegar nova¬mente ao seu convento, o vigário geral insistiu em que des¬se os passos necessários para obter o título de doutor, com o qual teria o direito de pregar. Lutero, porém, reconhe¬cendo a grande responsabilidade perante Deus e não que¬rendo ceder, disse: "Não é de pouca importância que o ho¬mem fale em lugar de Deus... Ah! Sr. Dr., fazendo isto, me tirais a vida; não resistirei mais que três meses." O vigário geral respondeu-lhe: "Seja assim, em nome de Deus, pois o Senhor Deus também necessita nos céus de homens dedi¬cados e hábeis".

"O que o pasto é para o rebanho, a casa para o homem, o ninho para o passarinho, a penha para a cabra rnontês, o arroio para o peixe, a Bíblia é para as almas fiéis.

"Se Deus sustenta a causa, ela será sustentada".

Lutero não esperou até que o Papa o excomun¬gasse, mas deu logo o pulo da Igreja Romana para a Igreja do Deus vivo.

Sabendo que tinha de comparecer perante uma das mais imponentes assembléias de autoridades religiosas e civis de todos os tempos, Lutero passou a noite anterior de vigília. Prostrado com o rosto em terra, lutou com Deus, chorando e suplicando. Um dos seus amigos ouviu-o orar assim: "Oh! Deus todo-poderoso! a carne é fraca, o Diabo é forte! Ah! Deus, meu Deus, que perto de mim estejas con¬tra a razão e a sabedoria do mundo! Fá-lo, pois somente tu o podes fazer. Não é a minha causa, mas sim a tua. - Que tenho eu com os grandes da terra? É a tua causa, Senhor, a tua justa e eterna causa. Salva-me, oh! Deus fiel! Somente em ti confio, oh! Deus! meu Deus... vem, estou pronto a dar, como um cordeiro, a minha vida. O mundo não conse¬guirá prender a minha consciência, ainda que esteja cheio de demônios, e, se o meu corpo tem de ser destruído, a mi¬nha alma te pertence, e estará contigo eternamente..."

De volta ao seu aposento, Lutero levantou as mãos ao Céu e exclamou com o rosto todo iluminado: "Está cum¬prido! Está cumprido! Se eu tivesse mil cabeças, preferiria que todas fossem decepadas antes de me retratar".

Mas Lutero fez do sermão a parte principal do culto. Ele mesmo serviu de exemplo para acentuar esse costume: era pregador de grande porte. Considerava-se como sendo nada; a mensa¬gem saía-lhe do íntimo do coração: o povo sentia a presen¬ça de Deus. Em Zwiekau pregou a um auditório de 25 mil pessoas na praça pública. Calcula-se que escreveu 180 vo¬lumes na língua materna e quase um número igual no la¬tim. Apesar de sofrer de várias doenças, sempre se esforça¬va dizendo: "Se eu morrer na cama será uma vergonha para o papa."

A sua esposa disse que as orações de Lutero "eram", às vezes, como os pedidos insistentes do seu filhinho Hanschen, confiando na bondade de seu pai; outras vezes, eram como a luta de um gigante na angústia do combate".

Nos seus sessenta e dois anos pregou seu último sermão sobre o texto: "Ocultaste estas coisas aos sábios e entendi¬dos e as revelaste aos pequeninos". No mesmo dia escreveu para a sua querida Catarina: "Lança o teu cuidado sobre o Senhor, e Ele te susterá. Amém". Isso foi na última carta que escreveu. Vivia sempre esperando que o papa conse¬guisse executar a repetida ameaça de queimá-lo vivo. Con-tudo não era essa a vontade de Deus: Cristo o chamou en¬quanto sofria dum ataque do coração, em Eisleben, cidade onde nascera.São estas as últimas palavras de Lutero: "Vou render o espírito". Então louvou a Deus em alta voz: "Oh! meu Pai celeste! meu Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, em quem creio e a quem preguei e confessei, amei e louvei! Oh! meu querido Senhor Jesus Cristo, encomendo-te a mi¬nha pobre alma. Oh! meu Pai celeste! em breve tenho de deixar este corpo, mas sei que ficarei eternamente contigo e que ninguém me pode arrebatar das tuas mãos". Então, depois de recitar João 3.16 três vezes, repetiu as palavras: "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito, pois tu me resgataste, Deus fiel". Assim fechou os olhos e adormeceu.

As portas da Igreja do Castelo, destruídas pelo fogo no bombardeio de Wittenberg em 1760, foram substituídas por portas de bronze em 1812, nas quais estão gravadas as 95 teses. Contudo, este homem que perseverou em oração, deixou gravadas, não no metal que perece, mas em cente¬nas de milhões de almas imortais, a Palavra de Deus que dará fruto para toda a eternidade.

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